De brasileiro para brasileiro, uma análise do impacto que o cenário atual pode ter nos investimentos.


Nos últimos tempos, nos acostumamos a enfrentar notícias no Brasil que deixam muitos investidores globais assustados em diversos cantos do mundo.


Basta lembrar: desde a redemocratização, foram oito presidentes. Destes, dois sofreram processos de impeachment (Collor e Dilma) e um enfrentou um escândalo político que quase o derrubou (Temer).

O que tudo isso nos diz?

Independentemente da corrente ideológica, a história recente do Brasil é marcada por eventos que trazem instabilidade recorrente ao mercado financeiro.


E não vamos nos esquecer que neste ano temos novas eleições, com o cenário se desenhando para uma disputa entre Lula e Bolsonaro. Além da volatilidade inerente a todo processo eleitoral, desta vez o país se encontra em condições econômicas mais delicadas.

Inflação

em disparada

Quem viveu os anos 80 e 90 entende dos riscos de perder o controle dos preços. A meta de inflação de 2021 não foi cumprida, e crescem as dúvidas para este ano. Como reflexo, o Banco Central se viu obrigado a subir os juros. E sabemos que, quanto maior os juros, menor tende a ser a retomada da economia.

Fonte: Folha de S.Paulo, 11/01/22

Contas públicas em deterioração

Desde o ano passado nos perguntamos: o teto de gastos será mantido? Esse é um instrumento visto pelos investidores como essencial para controlar a trajetória da dívida pública, e seguimos sem resposta. Conforme nos aproximamos da disputa eleitoral, crescem as chances de ações populistas em busca de votos e fragilização da situação fiscal.

Fonte: Jovem Pan, 14/12/2021

Não podemos deixar de mencionar também os constantes embates entre os poderes – em uma visível escalada nos últimos tempos – e a potencial escalada das crises hídrica e energética nos próximos meses.

Fonte: Valor Econômico, 04/02/2022

Fonte: Folha de S.Paulo, 22/01/2022

Fonte: Financial Times, 10/08/2021

É verdade que nem todo risco se materializa – e, como brasileiros, costumamos esperar sempre pelo melhor cenário. Mas a simples possibilidade de essa ‘tempestade perfeita’ existir afeta preços de mercado e é um sinal de alerta que os investidores não podem ignorar. Todo bom investidor deve estar sempre preparado para lidar com os piores cenários.

Reescrevendo o passado


Vale lembrar que, no Brasil, até o passado parece ser imprevisível. Você deve se recordar que, em março de 2021, todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato foram anuladas.


E a reação do mercado foi imediata:

Fonte: Folha de S.Paulo, 17/01/2022

Deixando questões e discussões políticas de lado, o que a decisão do STF reforçou naquele momento é a constante relativização das instituições, reafirmando a insegurança jurídica do país. A questão não é sobre Lula ou Moro, mas sobre a incerteza de se investir num país onde regras e decisões judiciais podem ser alteradas.

Intervenção estatal


As interferências em empresas públicas com acionistas do mundo inteiro também podem ser um importante risco aos olhos dos investidores. Em 2021, por exemplo, a troca no comando da Petrobras no início do ano pegou a todos de surpresa e trouxe muita instabilidade aos mercados.

E o que isso representa?


Eventos como a intervenção na Petrobras dão margem para diversas incertezas. Afinal, se analisarmos a história, vemos que a criatividade estatal é enorme. Controles de capital, limites para compra de dólares, impostos proibitivos para pessoas que querem consumir produtos importados e por aí vai.


Não acreditamos em “venezuelização” ou mesmo ”argentinização” do Brasil. Temos mais de US$ 350 bilhões de reservas, volume semelhante ao que era visto antes da pandemia, segundo dados do Banco Central. Uma situação de dívida que é muito mais concentrada em moeda local (real) do que em dólar, um setor agropecuário forte e gerador de divisas, e uma economia interna capaz de que segurar certos solavancos globais.

Mas, se por um lado não acreditamos nesse desfecho, por outro não há garantia alguma de que as coisas não possam piorar ou mesmo escalar para casos mais extremos. E é esse pensamento que gostaríamos que você entendesse.


Como dissemos, a discussão não é sobre Petrobras ou sobre um candidato ou movimento no cenário político. O problema é o chamado Risco-País.

Fonte: Folha de S.Paulo, 26/11/2021

Afinal, o que é risco-país?


Ainda que o nome pareça intuitivo, é sempre bom fixar alguns conceitos.

Em um mundo globalizado, onde os capitais podem fluir livremente, a busca pela melhor relação risco versus retorno é constante. Logo, investidores podem investir nos EUA e depois migrar para o México, por exemplo, e depois para a Espanha, e depois para a África do Sul, e depois...

Esse Risco-País se refere à incerteza associada ao investimento em um determinado país e, mais especificamente, ao grau em que essa incerteza pode levar a perdas para os investidores. Essa incerteza advém de uma série de fatores, incluindo influências políticas, econômicas, cambiais ou tecnológicas.


Em especial, o Risco-País busca medir o risco de governo estrangeiro deixar de pagar seus títulos, seus compromissos, suas dívidas ou que medidas deste governo façam com que as empresas tenham mais dificuldades de honrar seus compromissos.

Fonte: Veja, 16/12/2021

Livre de risco?

Como referência, usam-se os títulos de dívida (títulos públicos) dos EUA, o chamado título livre de risco - seja porque os EUA são a maior economia do mundo, por terem o dólar como a moeda de referência de valor internacional, ou porque não têm no seu histórico eventos de moratória de dívida.


Os EUA, em contexto global, são considerados o porto seguro para alguns investidores e é por isso que falamos em Flight to Quality, com investidores buscando investir nos EUA quando há incerteza e o medo toma conta do mercado.


Então, diversas agências e organismos calculam índices que visam medir esse risco.

E onde o Brasil se encontra nisso?

A tabela a seguir apresenta uma lista de 17 países (incluindo o Brasil) que possuem uma classificação de risco de credito similar, segundo as agências Standard & Poor’s Moody’s, Fitch. De acordo com essas classificações, pode ser tão arriscado investir no Brasil quanto é investir no Paraguai, na Colômbia, na Costa do Marfim, no Vietnã ou na Grécia.

As classificações fornecidas por organizações de classificação estatística reconhecidas nacionalmente, também chamadas de agências de rating, são avaliações da credibilidade de um determinado emissor, incluindo a possibilidade de que o emissor não seja capaz de pagar juros ou pagar principal. As classificações não são recomendações, e nem removem o risco de mercado. Além disso, as classificações estão sujeitas a revisão, suspensão, redução ou retirada a qualquer momento, e uma agência de classificação pode colocar um emissor sob revisão ou alerta de crédito.

Agora a pergunta que te fazemos é:

quanto do seu capital você alocaria nesses países?


Nos arriscamos a dizer que sua resposta deve ter sido algo como “muito pouco” ou “nada”.


Por que isso acontece? Porque o investimento nesses países parece arriscado, não?


E parece, porque de fato apresenta riscos.


Vejamos alguns exemplos:

Na Rússia, o presidente Putin conduziu uma invasão territorial na Ucrânia, com reflexos significativos nos mercados.

Fonte: CNBC, 24/03/2022

Na Turquia, continuam reverberando denúncias de corrupção e as mudanças propostas na lei que rege a política do país, algo que muitos veem como uma manobra do atual presidente Erdogan para se manter no poder:

A África do Sul segue lutando contra um colapso da economia, em meio aos desdobramentos da Covid e denúncias de corrupção envolvendo o ex-presidente Zuma, com questionamentos sobre a popularidade do atual presidente Cyril Ramaphosa.

Isso lembra algo a vocês?

Os desafios de países emergentes parecem muito semelhantes. O que muda é o CEP ou Zip Code, como falamos nos EUA. Por isso, o investidor global vê o investimento nesses locais como tático, de curto prazo e especulativo.


Ou você se arriscaria a colocar grande parte da sua poupança em países com esse risco? Entenda que o Brasil é visto da mesma forma pelos investidores globais.

Risco-país


Além das agências de rating, o JP Morgan calcula o EMBI+, que é um índice que mede o quanto os títulos de dívida do Brasil devem remunerar a mais o investidor em comparação a um título de dívida dos EUA. Nesse caso, quanto maior é esse número, mais arriscado é se investir no país.

Veja que em diversos momentos da história os investidores passam a exigir mais retorno para correr o risco de investir no Brasil. Especialmente em 2002, coincidentemente na eleição do ex-presidente Lula, vimos o Risco-País alcançar máximas históricas pelo receio do desconhecido e daquilo que ele poderia fazer uma vez no poder.


Uma outra forma de ver esse risco é medindo a demanda por um seguro, caso as coisas no Brasil piorem. Existe um título no mercado internacional chamado CDS (Credit Default Swap). Um nome diferente, mas com conceito bem simples. Ele sobe quando os investidores têm medo dessa volatilidade brasileira. E observe como tem sido a sua trajetória de elevação nos últimos meses.

Reféns?

Além da inconstância do Risco-País nos últimos anos, corriqueiramente podemos ser surpreendidos com notícias como o “Joesley Day”, ameaças de impeachment e outros eventos que elevam a percepção de risco associada ao país.


Sua poupança acaba ficando refém da radicalização de discursos políticos, do risco de um ministro sair do governo, do receio de uma reforma não ser aprovada, da falta de controle ou de medidas efetivas para combate da Covid, entre outras possibilidades.

E qual o impacto disso tudo?

Vemos o dólar se valorizar, a bolsa sofrer e os títulos de renda fixa terem sua precificação bastante afetada.


O brasileiro monta uma carteira que acredita ser diversificada e, ainda assim, acaba com aquele sentimento de estar mais pobre: vê suas ações caírem, o dólar saltar, os fundos multimercados restritos ao mercado nacional sofrerem, os fundos de renda fixa perderem com a precificação dos seus títulos, resultantes da variação da curva de juros no mercado local, e que é, justamente, derivada desse risco político.

Fugindo desse risco

Muitos desiludidos passam a acreditar que a única saída para o Brasil é o aeroporto. Não é verdade. O Brasil não vai acabar. Acreditamos fortemente que existe muito potencial em nosso país.


No entanto, cabe a nós estarmos preparados para situações adversas que corriqueiramente nos atemorizam. É simples fazer isso.


Investimentos em moeda forte e de aceitação global, como o dólar, podem ser uma saída. E a partir disso, montar uma carteira global que o ajude a fugir desse Risco-País.

A imagem abaixo, por exemplo, ilustra um evento que não é incomum nas comparações entre mercados emergentes versus mercados desenvolvidos: a abertura da chamada “boca de jacaré”, momentos nos quais os mercados emergentes refletem esses riscos com mais força, ficando para trás frente a mercados desenvolvidos, que por natureza são mais protegidos contra crises, ainda que não sejam imunes.


O gráfico coloca os emergentes na linha vermelha, o Brasil na linha verde e o mercado americano na linha preta, no acumulado deste ano até a metade de agosto.


A Avenue surgiu justamente para internacionalizar a vida financeira dos brasileiros. No Brasil, a Coin DTVM é a parceira oficial da Avenue para o processo de abertura de conta.

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O que é uma carteira global?


Confira um exemplo de uma carteira hipotética do investidor brasileiro, marcada em vermelho na imagem abaixo, através de um espectro hipotético de Risco x Retorno:

A diversificação geográfica pode ocorrer mantendo as mesmas classes de ativos no portfólio.


É essencial que todo investidor conheça o seu perfil de investidor e entenda as oportunidades e os riscos envolvidos em cada decisão, mas a mensagem aqui é a de que diversificar apenas entre ações e títulos nacionais pode não te proteger do Risco-País.


Ao investir com a Avenue, existem mais de 8.000 ativos disponíveis nas maiores bolsas de investimento do mundo, além de fundos de investimento de grandes gestores, carteiras administradas, e muito mais.

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